Leo Córdula Leo Córdula - Estrada Prometida

Vou contra o vento encontrar recados
Que o velho tempo escreveu
Leio palavras de um livro vazio
Que um homem sem esperança não leu

Num paraíso de almas selvagens
Pelo chão pedaços de algum rei
Ninguém ligou e ninguém procurou
Pelas memórias que um ferido herói fez

Mas já andei tão longe
Procurando viver
Mas já andei tão longe
Às margens de um lugar sem lei

Num novo dia encontro o pó das águas
Que agora um velho lago tem
Pelas sombras de nuvens molhadas
Viajando no meu próprio trem

Com artifícios de qualquer verdade
Que uma aventura revelou
Mesmo cansado os pés machucados
Não há culpa, não há medo, não há dor

Mas já andei tão longe
Procurando viver
Mas já andei tão longe
Às margens de um lugar sem lei

No silêncio escuto o som das asas
Ressonantes de algum coração
A minha casa é nessa estrada prometida
Sigo os laços das virtudes da razão

Mas já andei tão longe
Procurando viver
Mas já andei tão longe
Às margens de um lugar

Mas já andei tão longe
Procurando viver
Mas já andei tão longe
E vou vivendo pra não morrer
Não morrer